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Comunicado de 03-12-2010


O Conselho Regional dos Açores da Ordem dos Médicos manifesta  a sua estupefacção e indignação pela maneira leviana e incorrecta como o Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores  se referiu, no passado dia 2 de Dezembro, às consequências da quebra de serviços de urgência médica nos três hospitais dos Açores. A acusação de serem os médicos os responsáveis  por essas rupturas na prestação de serviços em nada tem a ver com a verdade dos factos. O regime de prevenção, que é excepcional,  é o único modo de assegurar a assistência pluridisciplinar. Esse regime não foi quebrado pelos médicos das especialidades penalizadas, mas sim pela Secretaria Regional da Saúde, e foi feito sem qualquer estudo prévio de criação de  medida(s) alternativa(s) minimamente adequadas de protecção e assistência de urgência aos doentes, e que agora dizem lamentar. O governo não procurou negociar com os médicos ou os seus sindicatos, não procurou alternativas com a Ordem dos Médicos, pura e simplesmente acabou com o acordo de prestação de serviços nas 24 horas em sistema de prevenção, e reduziu de várias horas diárias, a oferta de cuidados essenciais. Temos seguido as tentativas do Secretário, feitas posteriormente àquela acção administrativa, os seus recuos, as suas ameaças, as suas propostas apressadas e tardias de reparação de uma situação perigosa criada pela sua governação.

Esperávamos que o Senhor Presidente do Governo Regional estivesse a par do que se passa, da maneira precipitada e tosca como a tutela pretende evitar que uma ruptura de serviços se repercuta na qualidade dos cuidados de saúde de urgência. Se souber o que se passa, ficamos espantados pela maneira agressiva como procurou achar o bode expiatório para os malefícios cuja origem, é para todos evidente.

O Conselho da Região A. Açores da Ordem dos Médicos

Ponta Delgada, 03 de Dezembro de 2010


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